Dos saberes tradicionais aos saberes escolares: como pensar as aulas de química a partir das propriedades medicinais das folhas da amora preta, atribuídas pelo saber popular consagrado
Resumo
Esta pesquisa tem como principal objetivo analisar os componentes/propriedades medicinais das folhas da amora preta em decorrência de discussões preliminares surgidas, em aulas de Química, e que permitiram aos estudantes relacionar seus saberes tradicionais à temática em questão. Como objetivo específico propomos que, enquanto professores, façamos a transposição didática do conteúdo, passando da dimensão epistemológica à pedagógica, propiciando ao estudante possibilidades de compreensão contextualizada de novos conceitos da Química. Para tanto, optamos por organizar este estudo em duas etapas: a primeira compreende a dimensão epistemológica, e diz respeito à figura do cientista como ator. Para isso, fez-se necessário um estudo fitoquímico, em laboratório, com as folhas da amora preta. A segunda etapa, no entanto, de abordagem mais teórica, tornou possível a tecitura de considerações acerca da possibilidade da transposição didática do conteúdo da dimensão epistemológica à pedagógica. O resultado nos permite afirmar que é possível ensinar Química, a partir da consideração dos saberes tradicionais dos estudantes, sendo necessário apenas que eles sejam devidamente contemplados no planejamento pedagógico elaborado pelo professor.
PALAVRAS-CHAVE. Transposição didática; experimentos de ensino; ensino e aprendizagem.
Doi: 10.21703/rexe.20201941dasilva19
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