Escola pública e construção de projetos de vida estudantil
Resumen
A escola é uma instituição social onde crianças e jovens passam grande parte de suas vidas para aprender um currículo pré-estabelecido, que raramente é discutido em termos de seus conteúdos e procedimentos e ainda menos em relação às suas atitudes, acreditamos que neste momento é onde se estabelece a importância deste artigo, que enfoca a contribuição ou não que as escolas estão desenvolvendo para que esses jovens construam seus projetos de vida. As experiências escolares vivenciadas por crianças e jovens devem ser significativas e capazes de elevar seus potenciais inatos, além de contribuir para a construção dos valores sociais desejados. A fim de investigar a contribuição da escola pública para a construção de projetos de vida de seus alunos, são apresentados os resultados de um estudo de caso, para o qual foi aplicado um questionário a 254 alunos de 15 a 17 anos da terceira série do ensino médio de três escolas públicas do Estado de Alagoas-Brasil. Os resultados obtidos corroboram o imenso abismo entre os enunciados e a teoria contidos nos documentos educacionais oficiais, e o que acontece na prática pedagógica cotidiana das escolas públicas em relação ao fenômeno estudado. Ressalta-se que, apesar dessa percepção negativa, não há como negar que existem esforços e atividades desenvolvidas pelos próprios professores para contribuir e colaborar na construção autônoma dos projetos de vida de seus alunos.
PALAVRAS CHAVE: Escola pública; projeto de vida; ensino médio; Alagoas.
Doi: 10.21703/rexe.20212042castillo1
Descargas
Citas
Abramo, H.W. (2005). Condição juvenil no Brasil contemporâneo. En H.W. Abramo & P. Martoni Branco (org.). Retratos da juventude brasileira: Análises de uma pesquisa nacional. (pp. 37-71). São Paulo: Fundação Perseu Abramo.
Abramo, H.W. (1994). Cenas juvenis: punks e darks no espetáculo urbano. São Paulo: Escrita.
Alagoas. (2015). Plano Estadual de Educação 2015-2025. Maceió: Secretaria de Educação. Recuperado de http://www.maceio.al.gov.br/wp-content/uploads/admin/documento/2015/06/PEE-2015.pdf.
Ariès, P. (1981). História Social da criança e da família. (Tradução Flaksman, D.). 2. ed. Rio de Janeiro: LTC.
Barbosa, M. (2004). O papel da escola: obstáculos e desafios para uma educação transformadora (Tese Mestrado em Educação). Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Brasil), Porto Alegre.
Bardin, L. (2002). El análisis de contenido. 4° Ed. Madrid: Ediciones Akal.
Brandão, C. (2011). O ensino médio no contexto do Plano Nacional de Educação: o que ainda precisa ser feito. Cadernos Cedes, 31(84), 195-208.
Ciampa, A. (1987). A estória do Severino e a história da Severina: Um ensaio de Psicologia Social. São Paulo: Brasiliense.
Cury, C. J. (1991). Alguns apontamentos em torno da expansão e qualidade do ensino médio no Brasil. Ministério da Educação e Cultura. Ensino médio como educação básica (136-154). São Paulo: Cortez/Brasília: SENEB.
Dayrell, J. (2009). Uma diversidade de sujeitos o aluno do ensino médio: o jovem desconhecido. En Brasil-Ministério da Educação. Juventude e escolarização: os sentidos do Ensino Médio (pp. 16-23). Brasília: MEC. Recuperado de portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/0000012176.pdf.
Dayrell, J. (2005). Juventude, produção cultural e educação de jovens e adultos. Em L. Gomes Soares et al. (org.). Diálogos na Educação de Jovens e Adultos. Belo Horizonte: Autêntica.
Dayrell, J. (2003). O jovem como sujeito social. Revista Brasileira de Educação, (24), 40-52. Doi: 10.1590/S1413-24782003000300004.
Dayrell, J., y Jesus, R. (2013). A exclusão de jovens de 15 a 17 anos no ensino médio no Brasil: Relatório de Pesquisa. Brasília: UNICEF-MEC-UFMG. Recuperado de http://www.scielo.br/pdf/es/v37n135/1678-4626-es-37-135-00407.pdf.
Decreto n. 50.331, de 12 de setembro de 2016. Que reestrutura o Programa Alagoano de Ensino Integral – pALei. Diário Oficial do Estado de Alagoas, ano 104, (417), 12-13. Recuperado de http://www.imprensaoficialal.com.br/wp-content/uploads/2016/09/poder_executivo_2016-09-13_completo.pdf.
Decreto 40.207, de 20 de abril de 2015. Institui o Programa Alagoano de Ensino Integral, e dá outras providências. Diário Oficial do Estado de Alagoas, 103, (74), 1-2. Recuperado de https://www.jusbrasil.com.br/diarios/90138300/doeal-poder-executivo-22-04-2015-pg-1.
Freire, P. (1989). A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. São Paulo: Autores Associados/ Cortez (Coleção polêmicas do nosso tempo, 4).
INEP/UNESCO. (2007). Repensando a escola: um estudo dos desafios de aprender, ler e escrever / coordenação de Vera Esther Ireland - Brasilia. UNESCO, MEC/INEP.
Instituto Unibanco. (2017). Panorama dos Territórios. Alagoas, Brasil: Instituto Unibanco. Recuperado de https://observatoriodeeducacao.org.br/wp-content/uploads/2017/02/Panoramas_ALAGOAS.pdf.
Klein, A. M. (2011). Projetos de vida e a escola: a percepção de estudantes do ensino médio sobre a contribuição das experiências escolares e seus projetos de vida. (Tese Doutorado em Educação). Faculta de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo.
Krawczyk, N. (2009). O ensino médio no Brasil. São Paulo: Ação Educativa.
Lei n. 9.394, de 20 dezembro 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União. Recuperado de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm.
Ministério da Educação e Cultura. (2013). Pacto pelo fortalecimento do ensino médio. Etapa I. Brasília: MEC.
Menezes, L.C. (2001). O novo público e a nova natureza do ensino médio. Estud. Av., 15(42), 201-208. doi: 10.1590/S0103-40142001000200008.
Peralva, A. (1997). O jovem como modelo cultural. Rev. Bras. Edu., (5/6), 15-24.
Resolução n.° 3, de 21 de novembro de 2018. Atualiza as diretrizes curriculares nacionais para o ensino médio. Recuperado de http://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/51281622.
Rochex, J. Y. (1995). Le sens de l’expérience scolaire: entre activité et subjectivité. Revue des Sciences de L’éducation, 23(2), 434–435. doi: 10.7202/031935ar.
Silva, E.C., Castro Lajanjeira, C., y Rodrigues, J. (2016). A Política pública de ensino médio integral implantada em Alagoas, o PALei. Educon, 10(1), 1-11. Recuperado de https://ri.ufs.br/bitstream/riufs/8984/17/A_politica_publica_de_ensino_medio_integral_implantada_em_alagoas.pdf.
Silva, J.A., y Rodrigues, M.C. (2015). Escola e juventude: é possível (re) construir esta relação? IV Semana Internacional de Pedagogia. Maceió.
Souza, C. (2003). Políticas Públicas: Questões Temáticas e de Pesquisa. Caderno CRH, (39), 11-24. Recuperado de https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/2789/1/RCRH-2006-273%5b1%5d%20ADM.pdf.
Stake, R. (1999). Investigación con estudio de casos. Madrid: Morata.
Torres, M. L. (2003). O compromisso social das escolas públicas com as novas tecnologias da comunicação e da informação. Revista Tecnologia Educacional, XXXI, (161/162), 1-9. Recuperado de http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/tecnologia/0010.html.
UNICEF. (2012). Acesso, permanência, aprendizagem e conclusão da educação Básica na idade certa - Direito de todas e de cada uma das crianças e dos adolescentes/ Fundo das Nações Unidas para a Infância – Brasília: UNICEF.
Velho, G. (1994). Projeto e metamorfose: Antropologia das sociedades complexas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Política de acceso abierto
Esta revista proporciona un acceso abierto inmediato a su contenido, basado en el principio de que ofrecer al público un acceso libre a las investigaciones ayuda a un mayor intercambio global de conocimiento.
Licencia
Revista REXE "Revista de Estudios y Experiencias en Educación" de la Facultad de Educación, Universidad Católica de la Santísima Concepción, está distribuido bajo una Licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional.